O que é

Doença transmitida pelo mosquito-palha  (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi.A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. Na maioria dos casos, o período de incubação é de dois a quatro meses, mas pode variar de dez dias a 24 meses.É uma doença que se não tratada, pode levar á morte de seres humanos em até 90% dos casos, cerca de 3.800 novos casos são diagnosticados todos os anos no Brasil.

Sintomas no homem

Febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do abdômen (em consequência do aumento do baço e do fígado), comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e no intestino, feridas que não cicatrizam.

Sintomas no cachorro

Crescimento exagerado das unhas, magreza extrema, fraqueza, queda de pelagem (principalmente nas orelhas e ao redor dos olhos) e feridas.

Diagnóstico

Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais - testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.

Prevenção

Manter a casa limpa, o quintal, terrenos e praças livre dos criadores de insetos e das fezes de cães.
Use coleira repelente em seu animal. ( á base de deltametrina 4%) ou inseticidas.
Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo.
Fazer uso de repelentes.
Casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial de saúde.
Cães de rua devem ser recolhidos e castrados e se possível, encoleirados.

Tratamento 
No humano o tratamento é de responsabilidade do SUS.

No cão, a Organização Mundial de Saúde não recomenda a eutanásia como método de controle da LVC. 
Segundo a liminar Nº 677, expedida em outubro de 2013, pelo Supremo Tribunal Federal, os proprietários de cães infectados pela doença têm o direito de tratá-los. No entanto, uma portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), diz que o procedimento não pode ser feito com medicamento humano, nem com produto importado. 
O tratamento do animal é responsabilidade do médico veterinário habilitado para garantia do proprietário, seu animal e de toda a população, porém a pratica de eutanásia ainda continua sendo incentivada pelo Ministério da saúde e pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, tendo em vista que o tratamento não promove a cura da doença e o animal contaminado continua sendo hospedeiro e fonte de contaminação por meio do mosquito transmissor, ficando a critério do proprietário e do veterinário.
Trabalhos científicos respeitáveis apontam como métodos efetivos de controle da doença o uso regular de coleiras e produtos inseticidas nos cães (cipermetrina ou oléo de neem).  Estes produtos são encontrados em casas agropecuárias.

Informações importantes:
Nos últimos 11 anos, a Leishmaniose Visceral causou mais mortes que a dengue em nove estados brasileiros. A doença, que antes era limitada a áreas rurais e à Região Nordeste, hoje encontra-se em todo o território nacional. Um levantamento realizado com base em números do Ministério da Saúde aponta que a Leishmaniose provocou 2.609 mortes em todo o País, entre 2000 e 2011. 
Fotos: Manual da vigilância e controle da Leishmaniose visceral, Ministério da saúde, 1° edição, 2013.

date terça-feira, 15 de julho de 2014

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