O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo, com uma produção anual, em 2012, de 2,717,483 bilhões de m³ e uma capacidade de 20.567,8. A utilização de oleaginosas para a produção desse biodiesel a parti da prensagem de suas sementes, tem gerado milhões de toneladas de coprodutos. Entre os coprodutos gerados pela diversidade de materiais graxos utilizados na cadeia do biodiesel, os coprodutos de algodão, girassol, mamona, moringa, pinhão manso entre outros apresentam características desejáveis a um concentrado proteico de boa qualidade para a alimentação de ruminantes, tendo em vista que o conteúdo proteico dessas tortas é relativamente alto (35%) em média, além disso o alto teor de gordura (3 a 24%) nesses coprodutos torna us mais energético, podendo substituir os alimentos tradicionais que mais encarecem a produção como milho e a soja.
A pesar deste cenário promissor, deve-se atentar para os níveis adequados de utilização, observando principalmente o teor de óleo dos ingredientes e a presença de fatores tóxicos, especialmente nos co-produtos da mamona e do pinhão manso que devem ser destoxificados para a sua utilização, pesquisas demonstram que esses coprodutos podem substituir o concentrado na dieta em torno de 20 a 30%, sendo uma alternativa vantajosa para o produtor do ponto de vista econômico.

Fabíola Franklin de Medeiros, Médica veterinária e Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

date segunda-feira, 24 de março de 2014

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