Um alimento para animais que vem em formato parecido com o de um tijolo. É o chamado bloco nutritivo, uma tecnologia desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (Emepa).
O que são blocos nutricionais:
O bloco é feito com a mistura de vários ingredientes, como melaço de cana, farelo de soja, de algodão e de milho. Depois de prensado, o produto final fica parecido com um tijolo.
Exemplo de Composição:
Ureia pecuária 5%
melaço            20%
Sal comum      10%
Cal hidratado  10%
Suplemento mineral 6%
Fonte proteica 20%
Fonte energética 26%
calcário calcítico 3%

Como fazer os blocos:
  • Colocar tudo numa betoneira e deixar rodar por 10 minutos ou misturar com pá ou inchada primeiro o melaço e a ureia e depois juntar os demais;
  • Colocar em prensa hidráulica ou manual e deixar por 5 minutos;
  • Depois de prensado, deixa-lo em temperatura ambiente  para maturação de 48 a 72h até secar;
  • Tempo de armazenamento entre 15 a 30 dias.

Porque fazer:

Pesquisadores da emepa, comprovaram que animais suplementados na seca com os blocos aumentaram o ganho de peso.


Onde obter mais informações:
Você pode adquirir o folheto impresso com as informações da emepa ou acessar o site da instituição e imprimir. http://zip.net/bcmXyG
Se preferir receber a publicação pelo correio, gratuitamente, escreva para:
Emepa
Caixa Postal: 275
João Pessoa/PB
CEP: 58000-000

Publicado por: Msc. Fabíola Franklin de Medeiros
Fonte: Globo Rural

date segunda-feira, 31 de março de 2014

Jurema Preta (Mimosa tenuiflora Benth): Planta xerófila típica da região semi-árida, nativa da região nordeste. Apresenta capacidade de 1008 plantas/ha, o corte deve ser feito na altura de 50cm.

Limitações de Uso: Baixos níveis de digestibilidade da MS, presença de substâncias anti-nutricionais, como taninos limitam o seu consumo pelos animais. Além disso a grande quantidade de jurema preta no semi-árido tem causado casos de malformações fetais, quando ingerido durante a gestação.

Uso correto da Jurema Preta: Sob a forma de feno, diminui a toxidade.

Como fazer o feno: 

  • Cortar a Jurema 50 cm de altura do solo;
  • Eliminar os galhos grossos e aproveitar as folhas e ramos com espessura de um lápis.
  • Triturar em forrageira de lâmina, reduzindo os pedaços para 1 a 2 cm.
  • Espalhar o material triturado sobre lona plastica ao sol por 3 a 4 dias.
  • Virar o material varias vezes durante o tempo de exposição.

Pode-se manter ovinos em bom estado nutricional e clínico com uma dieta exclusiva de volumoso com até 50% de feno de ramos de jurema preta, não é aconselhável para fêmeas gestantes.


Fabíola Franklin de Medeiros, Medica Veterinária e Mestre em Zootecnia pela UFCG.

Referência consultada: 

CORDÃO, MAIZA ARAÚJO. Feno de jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret) e favela(Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax et K. Hoffm.) na alimentação de ovinos, Patos, UFCG. 2008. 39p. (Trabalho de Conclusão de curso em Medicina Veterinária). 


date domingo, 30 de março de 2014

Planta utilizadas no controle das verminoses em caprinos no Semiárido Paraibano

BATATA -DE- PURGA


Também conhecida como jalapa, jalapão, purga de amarelo leite, briônia da américa e jalapa do Brasil. Planta herbácea, atingem até 4m de comprimento.  Folhas verde-escuras na página superior e, esbranquiçadas na página inferior. As flores são solitárias, ocasionalmente 2, pedunculadas, 5 sépalas, pétalas fundidas Amarelas de 7cm de comprimento e 5 estames. O fruto é uma cápsula ovóide com 4 sementes.

Uso em ovinos e caprinos: 09g da farinha da batata (corta, seca e tritura) para cada 20 Kg de peso vivo, por via oral, recomenda-se um jejum de 12h.

Contraindicado para gestantes.


JERIMUM

Planta da família das Cucurbitaceae, também conhecida como aboboreira, abobra, jerimum, jerimunzeiro, abobrinha italiana, abóbora-amarela, abóbora-da-guiné, abóbora-de-carne-branca, abóbora-de-carneiro, abóbora-grande, abóbora-moganga. É uma planta rasteira, com gavinhas compostas e folhas alternas, palmadas e membranosas. Flores amarelas e campanuladas.
Uso em ovinos e caprinos: 38g da farinha das sementes (lava, seca e tritura) para cada 20kg de peso vivo, por via oral. Recomenda-se Jejum de 12h.

MELÃO DE SÃO CAETANO

Trepadeira encontrada em toda região tropical, muito comum nas cercas a beira da estrada com flores amarelas solitárias nas axilas das folhas. 

Uso em ovinos e caprinos: 90g de folhas para cada 20kg de peso vivo, por via oral, recomenda-se jejum de 12h.


Fabíola Franklin de Medeiros, Médica Veterinária e Mestre em Zootecnia pela UFCG.

Bibliografia Consultada: ATHAYDE, A.C.R. et al. Plantas Medicinais e a Etnoveterinária na Caatinga - Patos - PB: CSTR, UFCG, 2012.

date terça-feira, 25 de março de 2014

O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo, com uma produção anual, em 2012, de 2,717,483 bilhões de m³ e uma capacidade de 20.567,8. A utilização de oleaginosas para a produção desse biodiesel a parti da prensagem de suas sementes, tem gerado milhões de toneladas de coprodutos. Entre os coprodutos gerados pela diversidade de materiais graxos utilizados na cadeia do biodiesel, os coprodutos de algodão, girassol, mamona, moringa, pinhão manso entre outros apresentam características desejáveis a um concentrado proteico de boa qualidade para a alimentação de ruminantes, tendo em vista que o conteúdo proteico dessas tortas é relativamente alto (35%) em média, além disso o alto teor de gordura (3 a 24%) nesses coprodutos torna us mais energético, podendo substituir os alimentos tradicionais que mais encarecem a produção como milho e a soja.
A pesar deste cenário promissor, deve-se atentar para os níveis adequados de utilização, observando principalmente o teor de óleo dos ingredientes e a presença de fatores tóxicos, especialmente nos co-produtos da mamona e do pinhão manso que devem ser destoxificados para a sua utilização, pesquisas demonstram que esses coprodutos podem substituir o concentrado na dieta em torno de 20 a 30%, sendo uma alternativa vantajosa para o produtor do ponto de vista econômico.

Fabíola Franklin de Medeiros, Médica veterinária e Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

date segunda-feira, 24 de março de 2014

O QUE É MANIÇOBA E ONDE OCORRE?

Maniçoba é uma planta da caatinga nordestina, do gênero Manihot, com várias espécies, encontrada em quase todo o semi-árido brasileiro, vegetando em diversos tipos de solo e em terrenos planos a declivosos. Possui grande resistência à seca por apresentar raízes, com grande capacidade de reserva, mais desenvolvidas que às da mandioca, sua parente próxima.

QUAIS SÃO AS LIMITAÇÕES DO SEU USO?

A planta não deve ser fornecida fresca aos animais (logo em seguida ao corte) por apresentar, na sua composição, substâncias que, ao hidrolizarem-se, dão origem ao ácido cianídrico, ofensivo a todas as espécies animais.

QUAL O USO CORRETO DA MANIÇOBA?

Sob a forma de feno, pois durante a fenação a planta é triturada e, em seguida, exposta ao sol, quando, então, o ácido cianídrico se volatiliza (evapora) facilmente. De preferência deve ser fornecido aos animais (bovinos, caprinos e ovinos), principalmente na estação seca, associado à palma, melhorando o teor de matéria seca, fibra e proteína dessa outra importante forrageira.

COMO FAZER O FENO?

1. No  início  das  chuvas,  quando  a  planta estiver bem enfolhada, cortá-la a 20 ou 30cm do solo.

2. Eliminar os galhos grossos e aproveitar as folhas e ramos com expessura de um lápis.

3. Triturar, em forrageira de lâmina, as folhas e os ramos, reduzindo-os a pedaços de um a dois centímetros.

4. Espalhar o material triturado em camadas finas sobre lonas plásticas ou terreno cimentado, em ambiente aberto e exposto ao sol,  por dois a três dias, até que o material esteja quebradiço.

5. Revolver (virar) o material várias vezes durante o tempo de exposição, para facilitar a secagem  e garantir a uniformidade do feno e a sua qualidade.

6. Após fenado, armazenar em locais não sujeitos à ação da chuva.

QUAL O VALOR FORRAGEIRO DA MANIÇOBA?

            A folhagem da maniçoba e o seu feno possuem excelente aceitação pelos animais. Podem apresentar até 20% de proteína bruta e 60% de energia (NDT= nutrientes digestíveis totais). Assim o valor nutritivo do feno de maniçoba dependerá da quantidade de folhas na sua composição e das condições de secagem e armazenamento. Seu consumo poderá atingir 3,3% do peso vivo do animal; entretanto seu fornecimento, como o de qualquer outro alimento, nunca deve ser exclusivo ou único.

Fonte: Instituto Agronômico pernambucano (IPA)

date sábado, 22 de março de 2014


date sexta-feira, 21 de março de 2014

ZOOTEC 2014 - XXIV Congresso Brasileiro de Zootecnia
Data limite para inscrição com desconto: 24/03


Mais Informações: www.zootec.org.br

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O método FAMACHA se baseia no princípio da relação existente entre a coloração da mucosa conjuntiva ocular e o grau de anemia, permitindo identificar os animais capazes de suportar uma infecção por H. contortus, recomenda-se medicar o menor número possível de animais.  A mucosa ocular de todos os animais deve ser observada periodicamente para diagnosticar a necessidade ou não de sua vermifugação. O exame é feito comparando-se as diferentes tonalidades da mucosa conjuntiva ocular com as existentes em um cartão guia ilustrativo, que auxilia na determinação do grau de anemia dos animais. Com base nesse exame, deverão ser vermifugados apenas os animais que apresentam anemia clínica por verminose (graus Famacha 3, 4 e 5), ficando sem receber medicação aqueles que não mostram sintomas clínicos, isto é, os que forem classificados nos graus 1 e 2.

Para regiões semiáridas, animais explorados em regime extensivo devem ser examinados a cada 15 dias no período chuvoso e mensalmente no período seco. Já para animais mantidos em pastagens irrigadas ou criados em regiões com precipitação pluviométrica superior 1.000 ml/ano, recomenda-se que o exame seja feito com intervalo de 10 dias. A cada exame, os animais que necessitam ser vermifugados deverão receber uma marcação. Quando o intervalo de exames for de 15 dias, devem ser descartados do rebanho aqueles animais que necessitem ser vermifugados quatro ou mais vezes, num período de dois meses. Quando o intervalo dos exames for mensal, devem ser descartados do rebanho os animais que necessitem ser vermifugados quatro ou mais vezes num período de quatro meses.
 O método FAMACHA não é limitante para grandes rebanhos, já que após o examinador adquirir uma certa experiência e contando com instalações adequadas para a contenção dos animais é possível examinar até 250 animais no período de uma hora. O método vem sendo aperfeiçoado desde o fim da década de 90, estando atualizado e isento de falhas que possam conduzir a erros de diagnóstico. Apresenta os seguintes benefícios em relação à vermifugação estratégica: permite que haja persistência de uma população sensível no meio ambiente; mantém a eficácia anti-helmíntica por um período maior e com isso; o aparecimento de resistência parasitária tende a ser retardado; proporciona uma economia média de 50% nos custos com a aquisição de vermífugos, reduz a contaminação por resíduos químicos no leite, na carne e no meio ambiente, permite a seleção de animais geneticamente resistentes a verminose, além de ser simples, barato e fácil de ser repassado, inclusive para pessoas com baixo nível de escolaridade.
Fonte: Adaptado de caprilvirtual.com.br






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