Os exames feitos no Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) identificaram como febre maculosa a causa da morte da criança de 12 anos, moradora de São Carlos do Ivaí, ocorrida em 14 de janeiro. A suspeita inicial de dengue e foi descartada.  

A menina esteve de férias em um sítio na cidade de Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro, onde começou a ter dores de cabeça, desânimo e falta de apetite. O quadro piorou quando ela retornou para casa, em São Carlos do Ivaí. Após internação no hospital municipal, ela foi transferida para o Hospital Universitário de Maringá, onde morreu. 



A DOENÇA :

A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela, um hematófago da espécie Amblyomma cajennense, encontrado em animais de grande porte como bois e cavalos, mas que também pode ocorrer em cães, aves domésticas, roedores e animais silvestres, como o gambá e a capivara. Segundo informações da família, nas férias a criança foi pescar em lugares onde havia muitas capivaras. 


De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa ocorre em todos os estados brasileiros, mas com predominância do Sul e Sudeste. Em 2013, a região Sudeste registrou 78 casos de febre maculosa com 36 óbitos. No Sul, no mesmo ano, foram confirmados 31 casos e nenhuma morte. 

A doença pode levar à morte em 40% dos casos e é transmitida quando o carrapato permanece em contato com a pele humana de quatro a seis horas. Os primeiros sintomas, como febre alta súbita, dores no corpo, dor de cabeça, falta de apetite e desânimo, aparecem de dois a 14 dias após a picada. 

De acordo com a coordenadora Themis Buchmann, a semelhança com os sintomas de dengue, febre tifóide e leptospirose dificulta o diagnóstico. "Além da febre alta, dores no corpo e dor de cabeça, outra característica peculiar da febre maculosa é o surgimento de manchas avermelhadas ou pequenas erupções cutâneas nas mãos e nos pés", explica Themis. 
Por isso, a pessoa que apresentar os sintomas precisa relatar a rotina antes do início dos sintomas, para que assim seja possível diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura. 

A partir da suspeita de febre maculosa, o profissional de saúde deve iniciar imediatamente o tratamento com antibióticos, sem esperar a confirmação laboratorial, para evitar complicações. 

SEGUNDO CASO – Nesta semana também foi confirmado o diagnóstico de febre maculosa para um caso importado, que estava em investigação no Paraná. O paciente era um campeiro de gado de 48 anos, vindo da região do pantanal matogrossense e que foi atendido dia 25 de dezembro na UPA Sabará, em Londrina. 


Ele apresentava febre, dores de cabeça, nas articulações e abdominais, vômitos e cansaço. Com o agravamento do quadro clínico, o paciente foi transferido para o Hospital Universitário de Londrina, onde teve complicações hepáticas e renais e morreu em 29 de dezembro. 

O diagnóstico de febre maculosa foi feito após o descarte da morte por dengue e leptospirose.




Fonte: BONDE.COM.BR / Foto: CANALRIOCLARO.COM.BR

date domingo, 8 de fevereiro de 2015

O que é?

Doença infecciosa aguda causada por uma bactéria Leptospira, presente na urina de muitos animais. O rato é o principal transmissor, mas atuam também como reservatórios outros animais como: bovinos, ovinos, caprinos.

Como se adquire?

As pessoas ou animais podem se contaminar pelo contato com a urina de animais infectados, em períodos de chuva a água contaminada por urina de rato se torna a principal fonte de infecção.

Quais os sintomas?

Parece com um resfriado comum na maioria dos casos:


  • Dor de cabeça;
  • Febre e dores no corpo;
  • melhora em poucos dias.
Porém alguns casos estes sintomas evoluem para:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Insuficiência renal;
  • Meningite;
  • Hemorragias
  • pode ocasionar morte se não tratada.
Em animais de produção podem surgi com sinais reprodutivos.

Tratamento:

Feito com antibioticoterapia por médicos em humanos ou médicos veterinários em animais.

Prevenção:

  • Ações de saneamento básico ( água tratada, coleta e destino adequado do lixo, esgotos);
  • Combate de ratos urbanos ( Não armazenar lixo nas residências e terrenos baldios, entulhos, construções etc);
  • Usar luvas e botas para limpeza de lama e ambiente domiciliar;
  • No caso de animais ter cuidado na hora de passear para evitar que os pets brinquem com água parada;
  • A vacinação nos cães a cada 6 meses é de extrema importância para evitar o estado portador.

date quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015